Shadowrun: Assassinato no Ork Underground – Parte I

Vinte anos atrás, William MacCalllister era um shadowrunner, um decker famoso no submundo. Agora ele tem seu próprio restaurante no Distrito industrial de Auburn. Até que ele recebe a notícia de que sua filha foi assassinada. MacCallister sabe que a polícia não se interessa pelo caso de um ork do Underground. Ele já está velho para voltar a ativa, mas sabe o que tem de ser feito. Hora de reunir um grupo de Runners e agir. Ele quer vingança.

Essa aventura foi baseada em uma Missão de Shadowrun: Copycat Killer (Convention Pack 2010). Mas ela foi modificada, pois embora tenha gostado da história e dos npcs, não gostei dos motivos.

No cenário original, a filha de MacCallister é morta pelo assassino apenas por uma coincidência. Resolvi dar um motivo para a morte que começa o jogo e ver como funcionaria mestrar Shadowrun no estilo policial noir investigativo.

Mr. T. contacta três runners: McCain, Salluriel e Kincaid. Quer que eles ajudem um velho amigo a descobrir o assassino de sua filha.

Visitando o Distrito Industrial de Auburn

Saindo de Redmond, pegando a Auto-Estrada 520, atravessando o rico bairro de Bellevue e o distrito classe-média bastião do Policlube Humanis de Renton, os runners chegam até Auburn e ao restaurante de MacCallister, o Bull´s Meathouse. É o final da tarde e o pequeno restaurante está fechado. McCain entra por um beco lateral. Uma voz forte o interrompe e ele se identifica. A porta dos fundos se abre e eles são recebidos por um velho ork.

MacCallister

MacCallister é um antigo decker, como mostra o antiquado datajack em sua têmpora.  Uma constituição ainda forte e uma antiquada pistola Ares III em seu coldre mostra que ele pode ter se aposentado da profissão de runner, mas ainda é capaz de se defender.

Ele convida os três runners para o salão de seu restaurante, puxa umas cadeiras, oferece um uísque ao grupo. Ele próprio bebe de um só gole seu copo de uísque. Seu comportamento demonstra tensão e preocupação.

Na parede do restaurante, os runners podem ver fotografias que mostram MacCallister mais novo ao lado de sua esposa e dois pequenos orcs; ele ao lado de um grande Dragão e usando uma camisa “Dunkhelzahn for President 57“; e outras fotos ao lado de outros metahumanos que parecem ser runners. Em uma das fotos, MacCallister está lado a lado a um troll que parece com Mr. T., o dono do Não Derrube.

O velho ork não perde tempo e conta que quer contratar os runners para investigarem o assassinato de sua filha. Rebecca foi assassinada no Ork Underground. Ela estava fazendo doutorado na Universidade de Washington e morava no Ork Underground. Ele dá algumas pistas aos runners, uns contatos para eles procurarem no Ork Underground.

Contatos:
Anã: melhor amiga de Rebecca e colega de faculdade. Ele não lembra o nome.
– Tosh Athack (detetive) – um velho amigo, policial da Knight Errant.
Namorado de Rebecca – ele não sabe quem ele é.

Ele oferece o pagamento de 7 mil neoienes pela descoberta do criminoso ou de 10 mil se eles trouxerem o assassino vivo até seu restaurante. O grupo aceita o caso.

Salluriel pesquisa na Matrix e percebe que alguém andou apagando dados sobre Rebecca MacCallister na rede da faculdade.  Ele encontra uma foto da turma da faculdade e identifica a anã Wendy Winston como a amiga de Rebecca MacCallister. Ela também mora no Ork Underground.

Investigação no Ork Underground

Ao chegarem em Downtown, passando pela sombra da antiga Arcologia Renraku, eles param e entram no Underground em meio a multidão de orks cansados voltando do trabalho após seus turnos de 12 a 14 horas.

Ork Underground 04.jpgPara não chamar a atenção, eles cobrem a cabeça com seus capuzes e Salluriel usa também um pano para esconder suas orelhas de elfo. Também, após verem uma propaganda em Realidade Aumentada, tentam se misturar a alguns turistas humanos que visitam a alameda turística do Ork Underground e pegam um mapa turístico em e-paper dos subterrâneos.

Marcam um encontro com o Detetive Tosh no Big Rhino, um restaurante especializado em culinária ork. Ficam surpresos de ver que o detetive é um enorme troll de mais de três metros de altura. MacCain reconhece o troll de uma das fotos do restaurante.

Tosh

O Det. Tosh se oferece a ajudar os três pela amizade que tem com MacCallister. Ele oferece a chave da casa de Rebecca e indica a direção.

Tosh informa que a polícia trabalha com a hipótese de que a morte foi fruto de um roubo, pois o cyberdeck e o comlink de Rebecca sumiram. A outra hipótese é um crime violento, pois Rebecca fora vista com alguém uns dias antes na Casa de Chá de Orkut, o Turco.

As imagens da cena do crime, passadas por Tosh para os runners, mostram Rebbeca caída no chão da cozinha da pequena quitinete em que morava, com sangue espalhado por todos os lados, um copo de café quebrado no chão e indícios de que ela tentou resistir ao atacante.

Os três runners se dividem, Salluriel e Kincaid vão investigar a cena do crime, enquanto McCain vai procurar pistas na casa de chá. No caminho, o elfo e o índio atravessam uma parte perigosa do Underground, mas conseguem passar despercebidos.

Investigando a Casa de Rebecca MacCallister

O apartamento de Rebecca fica em uma região um pouco melhor do Underground. Utilizando o cartão de entrada entregue por Tosh, eles conseguem entrar na casa sem chamar atenção.

Rebecca MacCallister

O apê é apertado, com apenas uma cozinha e sala, que serve também de quarto e sem janelas. Eles encontram sangue espalhado por todo o chão do pequeno apartamento.

No canto, uma mesa de estudos onde deveria estar o cyberdeck Microdeck Summit roubado e na parede algumas fotos e uma prateleira com alguns livros antigos de papel e alguns e-papers. A maioria dos livros antigos eram de história de Seattle, incluindo uma do Underground no século anterior.

Os e-papers, uma forma de literatura barata, eram sobre a pesquisa de Rebecca, sobre a vida dos Orks no Underground, sobre preconceito e relacionamento difícil dos orks com as autoridades. Uma coisa se destacava, vários livros antigos sensacionalistas sobre assassinatos em série e e-papers sobre o caso do Mayan Cutter.

Mayan Cutter

Os crimes do Carniceiro Maia foram um mistério insolúvel em Seattle durante mais de três anos. A maioria das vítimas eram metahumanos desSINados. Tanto que a Lone Star, empresa responsável pela segurança em Seattle na época, só percebeu os crimes depois da morte da 13a vítima, a primeira vítima que possuía um SIN.

Durante dois anos o Carniceiro escapou das buscas da Lone Star, aterrorizando Seattle. A situação chegou a um ponto de insegurança e revolta que abalou a estrutura social da cidade.

Só após a Knight Errant ganhar o contrato de policiamento do metroplexo e formar uma força-tarefa (que o arquivo demonstra ter sido liderada pelo Detetive Theodore Athack) especialmente para caçar o assassino serial, é que as suspeitas recaíram sob Jose Martine, um ex-empregado da Aztechnology, que havia adquirido várias facas de obsidiana de um talismonger com uma loja em Downtown.

Martine foi localizado em Puyallup, logo após matar o que foi considerado a 48a vítima do Mayan Cutter, e foi morto ao resistir à prisão. O crime foi atribuído ao ódio que Martine sentia dos metahumanos por ter perdido seu emprego e culpado os metahumanos.

Fazendo uma pesquisa na matrix, o tecnauta elfo pesquisa os assassinatos recentes no Ork Underground. Para sua surpresa, uma das vítimas foi justamente a anã Wendy, colega de  classe de Rebecca, morta a facadas em um beco enquanto voltava para casa. Tentando encontrar outros casos, descobre alguns que se destacam entre os vários assassinatos ocorridos no Ork Underground, pois todas as vítimas foram mortas por facadas nos últimos dois meses.

Tentando estabelecer conexões entre as vítimas, ele consegue isolar uma linha de relacionamento que indica que as vítimas tinham pelo menos algumas ligação entre elas. Entretanto, apesar de todos terem sido mortos a facadas, nenhuma delas apresentava um padrão idêntico. Ao mesmo tempo, cada crime parece ser cometido de forma mais violenta e brutal do que os anteriores.

Aparentemente ninguém percebeu essa ligação entre os crimes e a Knight Errant os trata como vários roubos ou crimes de violência  não solucionados comuns no Ork Underground.

Os seis assasinatos (cinco orks e uma anã):
– 1a um ork testemunha de um dos assassinatos cometidos pelo Mayan Cutter.
– 2o Integrante de um Policlube Nurvekhje (Dignidade)
– 3o Integrante do Policlube Dignidade e amiga de Wendy.
– 4a irmã de um dos mortos pelo Mayan Cutter, conhecia a primeira vítima.
– 5a anã Wendy Winston – tinha sido membro do Policlube e amiga de Rebecca
– 6a Rebecca MacCallister

Ao mesmo tempo, Jack Kincaid investiga o lado Astral, sentindo o ambiente corrompido pela violência do assassinato e por um grande ódio vindo do assassino. Ele tenta entrar em contato com o Espírito Rato, o que se mostra difícil, mas oferecendo um presente ao Rato, ele consegue que o Espírito responda suas perguntas.

O Rato fala que o assassino era um humano com partes não-humanas e marcas gravadas na pele. Tatuagens que, pela descrição do espírito, eles reconhecem como um dos símbolos comuns em membros do Policlube Humanis e outra que uma pesquisa identifica como uma tatuagem militar da 82a Divisão Aerotransportada do UCAS.

Além disso o Rato aponta onde ficou sangue do assassino, o que permite a Kincaid recolher uma amostra do sangue.

A Casa de Chá de Orkut

Enquanto isso, McCain vai até a casa de chá de Orkut, investigar o local. Fala com a atendente, uma jovem ork, que se lembra de Rebecca e de sua amiga anã. Diz que as duas se encontravam as vezes com uma elfa na casa de chá. A garçonete não sabe quem é a elfa.

O dono do restaurante, Orkut Büyükkökten, se lembra de Rebecca e diz que Orkut ele conhecia o velho MacCallister e gostaria de ajudar a pegar o assassino da filha de seu amigo. Ele não se lembrava do nome da elfa, mas sabia que já tinha visto o rosto dela anos antes. Finalmente, se lembra que a elfa era uma jornalista do programa Histórias de Seattle da emissora KSAF, uma pequena emissora concorrente da Horizon. Ele também sabe quem era o namorado de Rebecca, um membro da gangue chamado Sharps.

McCain deixa seu contato com Orkut e vai se encontrar com os outros dois runners. Eles entram em contato com Sharps e esse marca um encontro com os runners em uma das saídas do Underground.

Pistas abertas até agora:

  • A tentativa de apagar os dados de Rebbeca na matrix, nos sistemas da universidade de Washington.
  • Uma ligação entre uma série de assassinatos nos últimos meses.
  • Os e-papers sobre o caso do Mayan Cutter.
  • O assassino humano, com tatuagens militares e comuns aos membros do Policlube Humanis.
  • O sangue do assassino recolhido no local do crime.
  • O sumiço do cyberdeck de Rebbeca e os dados da sua pesquisa.
  • Sharps, o namorado membro de gangue de Rebecca.
  • A elfa jornalista da KSAF.

CONTINUA…

Na próxima sessão, investigação e, finalmente, porrada.

 

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