No ano de 767, Baldwin, após passar o inverno em casa, se dirige ao Castelo de La Roche, esperando ser sagrado Cavaleiro. No caminho, ele reencontra seu primo Thierry Nouveau, conhece seu primo adotivo Heron e também os jovens escudeiros Allain e Antoine. Ao chegarem em La Roche encontram com outro escudeiro, Thierry Nouveau.
- Os escudeiros:
- Baldwin le Sanglier
- Heron le Boulanger
- Antoine
- Allain , o fanho
- Thierry Nouveau
- Aramon de Romaneé-Conti

Confusões no Castelo de La Roche
A bela dama Lorenna o provoca e mete Baldwin em uma confusão com seu irmão Alory de Biterna. Uma situação pior só é evitada pela intervenção de seu primo adotivo, Heron. Baldwin promete que um dia irá impressionar a jovem donzela.
Um escudeiro simpático, Roland, lhes ajuda a entrar no saguão e sentar perto da mesa do duque, onde também está o príncipe Carlos.
Conversa no Salão e um discurso de Carlos Magno
No salão, Baldwin e os outros escutam uma conversa entre o príncipe Carlos Magno e o Duque Thierry. Eles falam sobre um Cavaleiro Negro que usa uma estranha joia e está fazendo incursões no território das Ardennas.
Carlos Magno convoca seus cavaleiros a caçarem o inimigo. Todos partem e os escudeiros ficam para trás.
Um barrilete de cerveja
No Castelo, Baldwin encontra com seu pai, o Castelão Renier de Trier. Renier lhe dá o conselho de agradar Carlos Magno e um barrilete de cerveja de presente. Ele e os outros escudeiros bebem o barril e ficam bêbados. Allain desmaia e seu primo Thierry passa mal.
Baldwin e Antoine convencem seu primo a irem atrás do Cavaleiro Negro. Quando estão arrumando os cavalos são surpreendidos pelo Duque Thierry. O Duque convoca os escudeiros para uma missão.
Um Sonho Profético
Junto com os outros escudeiros, Baldwin escolta o capelão Jerome de Mountalban à Abadia de Liege, pegar uma relíquia sagrada e trazer para La Roche.
Na Catedral de Liege, ele dorme na capela e tem um sonho profético em que vê um pastor sendo atacado por lobos e protegido por um grupo de cães pastores. Sua visão mostra também um cão gigante cujas narinas expelem o odor de enxofre e ameaça o pastor.

Perigo na Floresta
No trajeto de volta, Jerome explica que no sonho o pastor representa Carlos Magno, que possuí um inimigo ainda misterioso. E que os cães pastores, os escudeiros, virão em sua ajuda.
Ao pararem para descansar, na floresta das Ardennas, Jerome é sequestrado por um grupo de bandidos.
Eles seguem a trilha dos bandidos pela floresta até uma caverna. Ao se aproximarem da caverna são atacados por uma dezena de vilões. Baldwin mata quatro bandidos, mas leva um golpe na cabeça e desmaia.
O Eremita
Acordando depois de dois dias desmaiado, Baldwin descobre que estava se recuperando na caverna de Virgílio de Salzburgo. Segundo Virgílio, os outros escudeiros que o levaram até lá, partiram em direção à vila.
Dois outros escudeiros que Baldwin não conhecia estão na caverna, Aramon de Romaneé-Conti e Viognier.
Enquanto convalescia, Baldwin teve mais uma vez o sonho profético. Virgílio interpretou o sonho de Baldwin. Ele também lhe falou sobre a “música das esferas” e o movimento dos astros.
Entre seus pertences, o eremita tinha um pergaminho com cálculos astronômicos que falava de um fenômeno chamado eclipse. Baldwin já vira textos similares, em grego e árabe, na Abadia de Malmedy, onde estudara e aprendera a ler. Virgílio explicou como os embates teológicos com Bonifácio, Bispo de Mayence, o obrigaram a buscar a vida de eremita peregrino. Assim, poderia prosseguir com seus estudos. Mesmo após a morte de Bonifácio, que hoje era adorado como um santo e mártir, Virgílio decidira se manter como um peregrino.
Lobos na Floresta
Após um tempo, Baldwin, Aramon e Viognier decidem voltar ao esconderijo dos camponeses que os haviam atacado e estavam com o capelão Jerome de Montalban. Ao encontrar o capelão, este explica que está sendo bem cuidado pelos camponeses, e que eles alegam que foram expulsos injustamente de suas terras por Sir Eingar de Esneux. Um deles, um jovem camareiro, afirma ter visto um estranho pergaminho negro, que ele crê ser profano, na propriedade de Sir Eingar.
Baldwin e Aramon, mesmo ante os protestos de Viognier, decidem ir investigar a mansão de Eingar. No trajeto entre a caverna e a mansão de Esneux, eles passam a noite na floresta e são atacados por lobos. Viognier por pouco não tem sua garganta despedaça por um lobo que é afastado pela lança de Aramon. Outros três lobos atacam o acampamento dos três escudeiros. Aramon mata dois dos lobos com sua lança.
Nas sombras, porém, eles podem ver um quarto lobo, maior e de pelo negro, o que gela o sangue de Baldwin, pois ele se lembra seu sonho. Baldwin arremessa um pedaço de tora de madeira em chamas da fogueira que atingiu em cheio a pelagem do lobo negro o queimando e o espantando.
O misterioso Senhor de Esneux
Os três chegam na mansão, que parece abandonada. Uma serva, maltrapilha e abatida, os recebe e explica que o senhor dela está indisposto depois de retornar de uma caçada de javalis. Entretanto, eles insistem que querem vê-lo.
Enquanto esperam, decidem bisbilhotar e mansão e encontram o escritório de Sir Eingar. Lá, na lareira, encontram uma passagem secreta. Aramon entra para investigar. Baldwin ouve os passos pesados de Sir Eingar e decide o encontrar no pé da escada para ganhar tempo para Aramon. Aramon, porém, é trancado na passagem e não tem alternativa senão seguir por um túnel secreto que encontrou.
Sir Eingar surge com sua silhueta robusta e um ser indolente, porém feroz e intimidador. Ele veste um pesado casaco de pele de lobo negro. Baldwin conversa com Eingar que se mostra bastante rude e provocador. Eingar faz várias insinuações sobre o pai de Baldwin, e sugere que Carlomano, meio-irmão de Carlos Magno, tem um melhor direito à coroa. Ele cita o estandarte da família e como sua família lutou bravamente em Poitiers. Baldwin tem a impressão que Eingar é de fato um senhor pouco justo e começa a ver sentido nas queixas de seus servos expulsos. Baldwin percebe que o antebraço de Sir Eingar tem queimaduras e isso lhe remete aos eventos da noite anterior.
Baldwin se esforça para manter a atenção de Eingar longe da passagem secreta. Embora Se preocupe com Aramon, ao perceber que o mesmo não retorna, decide conduzir a conversa com Sir Eingar de Esneux para as questões envolvendo os camponeses que agora atuavam como “bandidos” e as suspeitas de um cavaleiro bandido atacando na região. Eingar afirma que tudo está bem em Esneux e que os servos que foram expulsos o desafiaram. Insiste em conduzir Baldwin até Esneux para provar isso, e Baldwin aceita.
O Túnel
No túnel, a tocha de Aramon se apaga. Na escuridão ele ora para Deus e São Miguel e subitamente a ponta de Ascalon começa a brilhar. Aramon é conduzido pela luz através do túnel e percebe que ele antecede a construção da mansão e de certos elementos.
Em determinado momento encontra, em um desvio à direita, uma passagem bloqueada por uma forte grade (esta é claramente uma construção mais recente, talvez das últimas décadas, enquanto o túnel parece remontar a um estilo romano). A pesada grade está atrelada a um mecanismo de cordas, que parecem conduzir a alguma alavanca que, porém, Aramon não encontra.
Ele sente um pressentimento muito ruim vindo da passagem bloqueada e decide seguir adiante, sem insistir em investigá-la. Segue, assim, o túnel esperando que, em algum momento, chegue a seu fim. Após andar mais um pouco, para o desespero de Aramon, a luz da lança começa gradativa e lentamente a esmaecer. A escuridão ameaça engolfá-lo totalmente e consumir sua vida. Aramon sente como se estivesse em uma imensa tumba.
A Vila de Esneux
Eingar, Baldwin e Viognier chegam na orla de Esneux. Eingar logo estranha algo na vila. Ele sente a ausência de Leon, seu sargento dos homens de armas, e dos outros soldados que guardam o moinho.
Baldwin quer descer com ele mas Eingar insiste que ele aguarde. Argumenta que é o senhor daquelas terras. Eingar desce em direção à vila e Viognier convence Baldwin que irá segui-lo. Baldwin os perde de vista por um momento. Em determinado momento, nas trevas da noite, ouve um gemido de dor que parece ser de Viognier.
Ele corre na direção do som e se depara com o pajem ferido por um golpe de espada no rosto e no peito. Viognier, antes de perder a consciência, sussurra algo sobre Eingar. Baldwin se ergue e vê, do alto de um dos morros que circunda a vila de Esneux, Sir Eingar adentrando no moinho. Sir Eingar parece pressentir o olhar de Baldwin e se volta na direção dele e sorri. Seu sorriso é lupino e ameaçador logo antes de adentrar no moinho. Baldwin decide seguí-lo, colocando seu escudo e fazendo uma prece antes de entrar no velho moinho.
No Moinho
Lá dentro, Baldwin se depara com uma cena bizarra. Seu primo Heron – que ele não via desde o combate com os bandidos na floresta – está desmaiado ao lado de um cavaleiro mal-encarado amarrado, que também está desmaiado. O mais estranho é que, nas sombras do interior do moinho, Baldwin tem a impressão de que as feições de Sir Eingar parecem com as de um lobo.
Do alçapão que leva ao porão saem os escudeiros Antoine e Allain. Sir Eingar os encara ameaçadoramente e manda Baldwin ir embora, pois irá punir os invasores que amarraram seu serviçal.
Baldwin se recusa e ordena que Sir Eingar se renda. Eingar saca sua espada e enfrenta Baldwin e Antoine. Baldwin é ferido, mas Allain, o fanho, lhe joga uma poção de cura feita por Virgílio de Salzburgo. Os três escudeiros tentam encurralar Sir Eingar e conseguem ferir o cruel cavaleiro, mas este se transforma em um lobo e pula pelo alçapão, fugindo por uma passagem secreta que leva a um túnel embaixo do moinho.
O túnel está cheio de inscrições em latim. Seguindo o túnel romano eles encontram com Aramon, que viu o lobo passar por ele. Aramon contra que o túnel vai até a mansão de Esneux e menciona a passagem guardada pela grade. Eles resolvem seguir o lobo-Eingar, mas antes barram a porta secreta do túnel para evitar que ela seja fechada e eles fiquem presos no túnel e Aramon conserta a pá do moinho.
O Portão
Seguindo de volta pelo túnel eles chegam até a grade – que fora aberta quando Aramon conseguiu consertar a pá do moinho. Lá dentro outra imagem assustadora espera os jovens escudeiros. Um salão de pedra com uma fonte no meio, para onde convergem quatro pequenos canais de água. Um altar profano de pedra com um corpo despedaçado de uma mulher. Um portão com um símbolo misterioso com uma joia vermelha no centro e uma inscrição em latim dizendo “Ao adentrar, tenha em mente, abandonai toda as esperanças, vós que entrais!”, que parece barrar uma fenda natural na pedra. E também o escudeiro Thierry Noveau que, apenas com um arco, tenta enfrentar um ameaçador Eisnar, que parece ter se recuperado das feridas que leveu.
Thierry dispara uma flecha contra Eisnar. Aramon empunha sua lança, faz uma prece e ataca Eisnar que rosna para eles. A lança de Aramon brilha e com um golpe o escudeiro a enfia entre as costelas de Eisnar, na altura do coração deste. Eisnar solta um grito horrendo e caí no chão, morto. Aos poucos sua forma volta ao normal – ou talvez tenha sido apenas impressão causada pela escuridão da caverna.
Virgílio aparece, diz que estava seguindo Baldwin e conversa com eles. Eles levam o corpo do cavaleiro morto e sua capa de pele de lobo para a superfície.
Em busca do Pergaminho Negro
No moinho, eles recolhem parte do ouro roubado pelos homens de Eingar como prova de que ele era o misterioso Barão Ladrão que estava atacando os viajantes na floresta.
No dia seguinte, Aramon, Baldwin e Allain retornam à mansão para procurar o pergaminho negro que havia sido mencionado pelo serviçal. Entretanto, encontram todos os serviçais mortos e o cofre arrombado.
Antoine e Thierry entregam a comida roubada para os camponeses na floresta, que haviam sido expulsos por Sir Eingar e agora podem voltar a suas casas na vila.
A decisão de Carlos Magno
Com o abade Jerome, os escudeiros retornam para o castelo do Duque Thierry. Com a ajuda de Roland, eles tem uma audiência com Carlos Magno e o Duque Thierry, e contam o que aconteceu, omitindo a parte sobre Eingar ter se transformado em lobo e a caverna com o portão.
Ao anoitecer, Carlos Magno reúne a corte e proclama Roland – que venceu um gigante – e um outro escudeiro nobre como cavaleiros e nomeia Roland como o primeiro de seus Paladinos. Já os escudeiros são julgados por terem matado um cavaleiro e perdoados pelo príncipe Carlos, que decide que eles deverão servir ao lorde de Sir Eingar e irmão de Thierry.
No meio da noite, Roland chama os escudeiros e os leva até o estábulo, onde eles pegam seus cavalos e seguem até a orla da floresta. Lá encontram com o Duque Thierry, que fala que sabe que os escudeiros estão escondendo algo. O Duque descreve o mesmo sonho que Baldwin e Aramon tiveram. Os escudeiros contam toda a verdade para Thierry e Roland. Thierry acredita neles e diz que eles deverão servir à Carlos Magno nas sombras, para proteger seu senhor da ameaça que a profecia anuncia.
No dia seguinte, um mensageiro chega ao castelo e informa Carlos que o Rei Pepino morreu. Todos saúdam Carlos, mas agora o reino tem dois herdeiros – Carlos e Carlomano.