Jornada em Rokugan: O Rufar dos Tambores de Onnotangu

Em sua jornada para o sul, a viajante Kakita Setsuka e sua yojimbo Matsu Akane cruzam a pequena ponte sobre o riacho próximo à uma vila nas terras do Caranguejo. A artesã está em busca de novas técnicas de metalurgia. Na ponte, cruzam com um ronin, que segue na mesma direção. Matsu Akane previne sua senhora para tomar cuidado com ronins.

Eles se reencontram na única casa de chá da vila, se é que se poderia chamar por esse nome aquele pequeno estabelecimento da velha anciã conhecida como vovó, uma mera cabana com três mesas baixas. O local, que normalmente recebe apenas os camponeses, está vazio naquele final de tarde. Até porque nenhum camponês entraria no estabelecimento com três samurais lá dentro. Mas pelo menos os viajantes conseguem jantar. O ronin, sentado à mesa mais afastada, evita o olhar frio da yojimbo, que o encara desconfiada.

Pouco depois de acabarem de jantar, eles escutam os sinos da torre tocando. Saindo para a praça de chão batido no meio da vila, eles podem ver um grupo de samurais chegando a cavalo. Eles parecem ter retornado de uma batalha e estão cobertos de sujeira e fuligem.

Dois cavalos carregam seus donos que morreram, usando armaduras do Caranguejo. Um terceiro samurai está desacordado sobre seu cavalo e parece bem ferido. Uma camponesa da aldeia corre para ajudá-lo, gritando “Nori”. O ronin recém-chegado, Kono, se oferece para ajudar a retirá-lo do cavalo, mas é interrompido por um dos samurais, com a armadura de Magistrado Esmeralda, que manda o ronin se afastar e grita rispidamente com ele, pegando o samurai ferido e o levando para a casa principal da aldeia.

Analisando as armaduras, Kakita Setsuka percebe que os samurais mortos, ambos do Caranguejo, tem sinais de que enfrentaram algo não-humano. Ela se oferece para ajudar o shugenja do Leão, chamado Kitsu Shin, a preparar os dois samurais mortos para a cerimônia de cremação, limpando as armaduras destes. Enquanto Shin e Setsuka preparam os mortos, Shinjo Inyou, o Magistrado Esmeralda, cuida das feridas de seu yojimbo, Hida Nori, com a ajuda da camponesa Chiyo. Nori acorda, bastante debilitado ainda.

Durante o final da tarde, Kitsu conduz um rito de limpeza para purificar os corpos dos dois samurais mortos e afastar maus-espíritos de Shinjo e Nori, além dele mesmo.

O velho ancião informa que eles preparam um banho para o outro samurai, Shika Benkei, para que ele se limpe e tire a sujeira da viagem. Benkei é levado para uma pequena casa no canto da vila, cercada por paliçadas de madeira e sem janelas. Lá os aldeões preparam um banho de ôfuro. Benkei se sente apertado naquela sala fechada e, percebendo que a única porta tem uma tranca por fora, deixa sua lança de forma a perceber se tentarem trancá-lo lá dentro. Depois ele volta para perto da casa principal e vê o cachorro de Kyuzo – Shisen – meio cabisbaixo Shika oferece comida a ele e o cachorro começa a acompanhar o samurai do Cervo.

Já é noite quando o shugenja Kitsu Shin conduz uma cerimônia de cremação para Takeuchi Shigemoto e Hida Ichiro, fazendo preces aos ancestrais para protegerem os samurais que morreram heroicamente defendendo o Império Esmeralda.

A cerimônia é feita na pequena colina sagrada do templo em homenagem à vila e ao herói ancestral que a fundou, o Templo dos Sete Pedregulhos. Todos os samurais e os aldeões escutam as preces e veem a fumaça levar aos céus as almas dos mortos. As palavras do shugenja ressoam naquele local sagrado.

Considerando que todos estão muito cansados e precisam se recuperar, o Magistrado Shinjo convoca o ronin para que este vigie a vila durante a noite, enquanto os outros dormem.

O ancião leva todos os sobreviventes da mina para a casa fortificada e Hida explica a Benkei que o costume nas terras do Caranguejo é que viajantes que chegaram de supetão sejam convidados a dormir em uma casa protegida – com uma tranca por fora para proteger a vila no caso deles serem serviçais das Terras Sombrias disfarçados ou terem sido corrompidos pelo Jigoku. Os camponeses trancam a cabana por fora.

Durante a noite a neve continua a cair, enquanto Kono vigia a entrada da vila do alto da torre. Ele se protege do frio, lembrando as técnicas que aprendeu com o tio, mas é vencido pelo cansaço e dorme. Por sorte, acorda a tempo de ouvir uma batida no portão. Deixando o camponês que está com ele de sobreaviso, ele desce e vai até o portão investigar. Abrindo a pequena janela de vigia ele vê um monge do clã Dragão. O monge se apresenta como Togashi Zhin e pergunta se os outros já chegaram.

O monge diz que precisa falar com o magistrado. Kono permite que ele entre e o leva até a cabana fortificada.

Togashi conta o que ouviu de Hiruma Kyuzo, sobre o oni que a bruxa maho-tsukai tentava libertar na mina, e que a bruxa era irmã de Kyuzo, que partiu atrás dela. O oni que fora morto pelo fundador da família Takeuchi e pelo fundador da vila dos Sete Pedregulhos.

Zhin também mostra a placa de metal com o símbolo parecido com o mon Takeuchi que Kyuzo lhe entregou. Shinjo a segura com cuidado e Nori e Kitsu examinam. Nori percebe que é uma peça de uma antiga armadura pesada de um estilo anterior ao reinado de Hantei XVI, o Crisântemo de Aço. Shin faz uma prece aos ancestrais e um deles lhe traz uma visão e dois nomes. Um deles, na visão de uma forja fumegante, de quem forjou a armadura, encravando nela o mon, Akenori. Hida lembra que segundo seu pai, a linhagem de ferreiros de sua família teve origem em um artesão camponês chamado Akenori. O outro nome que Kitsu escuta dos ancestrais é Takenori. Ele também sente que os ancestrais lhe passam um grande sentimento de vergonha e raiva.

O monge avisa também que viu barulho de tambores e luzes de tochas na cidade abandonada dos mineradores no vale e que viu dois trolls das Terras Sombrias perto de lá. O Magistrado resolve convocar a todos e ordena que os camponeses partam para Shiro Takeuchi. Ele empresta seu próprio cavalo à Hiruma Eisho e manda que este cavalgue o mais rápido possível até o castelo e avise os Takeuchi da ameaça. Pede a Togashi que escolte os camponeses.

O início da manhã vê os camponeses se preparando para partir, reunindo carroças e animais. Kakita Setsuka ajuda os camponeses a consertar as carroças e carrinhos de mão, para que eles possam levar as pessoas mais velhas. Matsu Akane sugere à sua senhora que elas devem partir junto. Os camponeses se reúnem e partem, guiados pelo monge Togashi.

O Magistrado resolve defender a aldeia. Kono e Kakita Setsuka se oferecem para se juntar a ele e aos outros samurais que ficaram. A yojimbo Matsu Akane grunhe mais uma vez, mas parece contente por poder usar sua espada.

Shika Benkei prepara algumas armadilhas para os atacantes. Kakita conserta a katana danificada de Hida. Esse pega a armadura do outro Hida morto e a conserta para que possa sirva para ele. Ele adiciona o pedaço de armadura trazido por Togashi à sua armadura. Kitsu sobe em uma das torres, enquanto Setsuka e sua yojimbo sobem na outra, para vigiar o lado de fora da muralha.

O Magistrado manda que Kono pegue um dos cavalos e faça um reconhecimento na floresta. Este parte e vê movimento entre as árvores na entrada do vale. Ele vê vários goblins, alguns tocando tambores, e dois grandes trolls. Mas o que mais impressiona o ronin é a imagem de um samurai morto vestido com armadura pesada e montado em sua montaria morta-viva. E então surge outra montaria morta-viva com outro cavaleiro encapuzado sobre ela.

Esse segundo cavaleiro parece olhar para o lugar onde Kono se esconde entre as árvores e dá um sinal para os goblins. As pequenas criaturas correm em direção ao local apontado, mas Kono monta no cavalo e parte de volta à vila. Ele chega a tempo de avisar das forças que se aproximam.

A noite chega junto com os tambores de Onnotangu.

Próximo Episódio: Os Sete Samurais.

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